DENTISTA NO HOSPITAL?
O cuidado com a saúde bucal deixou de ser uma preocupação estética e se tornou um fator determinante na saúde e na qualidade de vida do indivíduo. Apreendendo-se o significado da expressão "a saúde começa pela boca", torna-se familiar à qualquer pessoa a inter-relação entre saúde bucal e saúde sistêmica (dos outros sistemas que constituem o organismo humano). Hoje sabe-se que problemas bucais (infecções como cáries e doença periodontal) podem provocar ou agravar problemas cardíacos (endocardite infeciosa), vasculares (aterosclerose), endocrinológicos (diabetes), provocar partos prematuros, entre outros.
A partir disso, observa-se que pacientes internados em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) de hospitais podem apresentar infecções bucais como candidíase oral, abscessos gengivais, periodontais e dentoalveolares que disseminam bactérias na corrente sanguínea, provocando novas doenças. É constante o surgimento d enovas evidências científicas destacando o papel nocivo das infecções dentárias e bucais para a degradação do estado geral dos pacientes internados em UTIs, e as infecções hospitalares são apontadas como as mais frequentes complicações do tratamento nestas unidades.
Antenado com esta realidade, o Deputado Federal Neilton Mulin (PR/RJ) lançou o Projeto de Lei n° 2766/08, que torna obrigatória a presença dos profissionais d eodontologia nas equipes multiprofissionais das UTIs, em todos os hospitais, públicos e privados.
Alguns hospitais já instituiram o diagnóstico precoce e a prevenção em saúde bucal como fator preventivo de doenças sistêmicas, estes estão um passo à frente.
Pessoalmente, acho que a odontologia tem muito mais a oferecer ao ambiente hospitalar do que o atendimento aos internos de UTIs. Os internados nas demais alas hospitalares também seriam muito favorecidos pela distribuição de material de higiene bucal e visitas de ASBs/TSBs que realizassem instrução de higiene oral... Está aberta a discussão!
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