quarta-feira, 27 de junho de 2012

RECIDIVA EM ORTODONTIA - PARTE II

A recidiva ortodôntica é um assunto amplamente documentado na literatura técnico/científica, e inclui, principalmente:
- o apinhamento ou espaçamento dos dentes
- a recidiva da expansão rápida da maxila
- o retorno dos trespasses horizontal e vertical aumentados
- a estabilidade das correções da relação molar de Classe II e Classe III.
Os ortodontistas sabem que os dentes movimentados apresentam uma tendência  voltar às suas posições iniciais, e é importante que os pacientes também saibam disso, para diminuir o risco de insucessos e aumentar os índices de colaboração dos pacientes no uso correto dos aparelhos indicados.
O fator que apresenta maior recidiva após o tratamento ortodôntico é o apinhamento anteroinferior:
Essa tendência pode ser eliminada pelo uso prolongado da contenção fixa.

Pois bem, vamos por partes: o apinhamento dentário anteroinferior pode ter várias causas, isoladas ou agindo em conjunto, tanto antes quanto após o tratamento ortodôntico, como, por exemplo o crescimento craniofacial (da cabeça e da face).
O que provoca a recidiva de um apinhamento dentário após o tratamento ortodôntico pode sim ser relacionado ao próprio tratamento, provocado por: aumento da distância intercaninos; alteração da forma dos arcos dentários; protrusão excessiva dos incisivos; falta de harmonia da oclusão; falta de habilidade do profissional; não remoção das causas da maloclusão; tempo de contenção insuficiente.
Mas também pode ser provocado por fatores inerentes ao paciente, como: irrupção dos terceiros molares (dentes do siso); o componente anterior de forças da oclusão e o grau de união entre os contatos interdentários;  continuação do crescimento da maxila e da mandíbula após o término do tratamento; a idade e o gênero; o tamanho e a forma dos dentes; a morfologia das bases ósseas apicais; o sentido de crescimento da mandíbula; a alteração nas atividades de repouso e a função dos músculos faciais e mastigatórios; o padrão de crescimento do esqueleto facial e dos tecidos moles relacionados; o estiramento das fibras colágenas do ligamento periodontal; a alteração das propriedades elásticas do tecido gengival.
Calma pessoal, não há motivo para pânico, nem para desistir da ortodontia. Pelo contrário, informar o paciente sobre estes riscos representa a seriedade e responsabilidade dos profissionais de ortodontia acerca do tratamento que realizam. A estabilidade das correções alcançadas é um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico, e inúmeros estudos e esforços são dispendidos para que este objetivo seja atingido plenamente.
Nos próximos posts apresentaremos formas de prevenir a ocorrência da malfalada recidiva.
Se persistirem dúvidas, mande um comentário...

Fonte: Programa de Atualização em Ortodontia do Sescad.

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